A displasia renal é uma doença congênita causadora de nefropatia crônica em indivíduos jovens, cujo diagnóstico se dá por do exame histopatológico. A ultrassonografia é um método complementar que pode auxiliar na identificação de alterações renais (Babicsak, 2012).
Essa afecção, que evolui para uma nefropatia crônica em animais jovens, já foi diagnosticada em diversas raças, incluindo cairn terriers (Seiler et. al.,2010), lhasa apso, shih tzu, poodle, chow chow, schnauzer miniatura (DiBartola, 2005), cocker spaniel (Felkai et al., 1998), bull mastiff (Abraham et al., 2003; Hoppe. Karlstam, 2000), finnish harriers, boxer (Hoppe e Karlstam, 2000), entre outros.
Os animais acometidos por essa enfermidade geralmente começam a apresentar os sinais clínicos de nefropatia entre um e dois anos de idade. Anorexia, letargia, perda de peso,poliúria, polidipsia e êmese são os sinais clínicos mais observados nesses indivíduos.
Os aspectos ultrassonográficos renais de cães com displasia, relatados em estudos prévios incluem uma diversidade de características, dependendo do grau de comprometimento renal pelos processos inflamatório e fibrótico, que se instalam nessas estruturas em consequência à afecção primária. Em estudo, em que se avaliaram os aspectos ultrassonográficos de animais assintomáticos da raça cairn terriers, foi constatada uma perda de definição corticomedular e uma hiperecogenicidade cortical associada a uma elevação generalizada da ecogenicidade medular renal ou a presença de algumas áreas hiperecogênicas multifocais (Seiler et. al.,2010).
Nos casos mais avançados, em que já há o desenvolvimento de fibrose, os aspectos ultrassonográficos renais incluem irregularidade de margens e hiperecogenicidade do parênquima renal com acentuada perda de definição corticomedular (Abraham et al., 2003; Hoppe e Karlstam, 2000). Além disso, os rins, que comumente se encontram com as suas dimensões diminuídas, também podem apresentar uma diminuição na espessura da região medular (Nyland et. al., 2004).
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